Com gols de Abner e Jorginho no Correão, o tsunami tricolor conquista os 3 pontos
Foto: Michel Benevenuto
Por Artur Rangel
Na tarde deste sábado 4/6, no Correão, a Cabofriense estreou no Carioca série A2 com vitória e com direito a gol no último minuto. Abner fez o 1o gol para os donos da casa, já o Frizão fez com Luis Felipe. Nos acréscimos, já na última volta do ponteiro, Jorginho aproveitou rebote e colocou no fundo do gol e sacramentou o resultado Cabofriense 2 x 1 Friburguense. O próximo jogo da Cabofriense será em Cardoso Moreira, contra o Americano, e o Friburguense recebe o Gonçalense, no Eduardo Guinle, dia 12/06, as 15 horas.
Na entrevista após a partida ao jornalista Marcelo Marinho da TV Litoral News e da rádio Ondas FM 97,7, o técnico Toninho Andrade resumiu como foi a partida e a sina do time em partidas jogadas no Correão decidir a sua vitória nos últimos minutos:
Vitória de quem foi competitiva no segundo tempo. No primeiro tempo a equipe foi muito aquém daquilo que a gente imaginava. Acho que a entrada do Jorginho foi fundamental para dar vida ao time. A gente trouxe o Abner um pouquinho pra trás, para que a gente tivesse um pouco mais de força ofensiva. Tivemos algumas dificuldades no primeiro tempo, principalmente no último passe. Depois no segundo tempo o jogo ficou aberto, falamos com os jogadores dos jogos em casa para a gente conseguir vencer e graças a Deus conquistamos a vitória.
Tivemos amistosos mas com time de menor enfrentamento, hoje contra a equipe do Friburguense enfrentamos uma equipe de melhor enfrentamento. Apesar de o adversário ter muitos jogadores jovens, eles têm um entrosamento melhor por estarem jogando por um bom tempo. Mas a nossa maior dificuldade é buscar o time ideal, buscar o entrosamento. Acho que foi bom começar com vitória, dá tranquilidade para a sequência do campeonato e dá confiança, principalmente, pois quando começamos com derrota é sempre muito complicado. A gente sai feliz com o segundo tempo que a equipe fez e nos anima para dar sequência na competição.
O que esperar das próximas partidas e como jogar a competição?
A gente está jogando a segunda divisão, a gente falou isso na preleção, a gente tem que saber a competição que joga. Aqui vai ser muito mais uma luta, uma briga, uma vontade, uma determinação, que vai levar a um resultado positivo. Foi exatamente o que aconteceu hoje, lutamos até o final. No primeiro tempo foi um jogo amarrado, até acho um pouco por culpa nossa, por não desenvolver o que a gente imaginava. Tivemos poucas jogadas de ataque, enfim, foi um jogo mais amarrado pela Cabofriense do que pelo Friburguense, pois o adversário tava na dele, jogando por um empate fora de casa, a gente sabe que jogando fora de casa era um resultado positivo para o Friburguense. Se tem algum culpado pelo primeiro tempo ter sido amarrado é a Cabofriense. A gente não agrediu da maneira como deveria agredir. Já no segundo tempo agredindo muito mais, criamos muito mais. Mas vai ser mais ou menos assim a competição. Tem que saber jogar ela, que vai ser decidido em detalhes, vão ser jogos de muita luta, de muito enfrentamento, terão jogos bonitos tecnicamente, vai ter outros jogos que não vão ser bonitos, mas a vitória foi muito importante para o início da competição.
Pra encerrar, o time não tava rendendo o que esperava no 1o tempo. O Jorginho é o jogador que pode fazer a diferença na competição para jogar no segundo tempo?
O Jorginho é um jogador mais de área, um jogador que consegue competir melhor. Ele é mais forte que o Abner fisicamente. O Abner não vai ter ainda ritmo pra jogar os 90 minutos, mas se comportou muito bem hoje. O Wellington fez aquilo que a gente queria, um pouquinho mais de profundidade. A bola no 1o tempo não conseguia andar, mas o Wellington conseguiu que a bola andasse mais, conseguiu fazer boas jogadas os gols do Abner e do Jorginho foram fruto do que o Wellington criou. O treinador tem que ler o jogo e resolver o problema. A gente soube resolver o problema é a vitória veio.
O treinador tem um trabalho um pouco melhor no Campeonato Brasileiro, pois tem mais vídeos e mais informações para passar para os atletas. Já na série A2 não tem transmissão da TV então como é feito esse trabalho com os atletas para conhecer os adversários?
Acho que o nosso maior problema era hoje, acho que pra todo mundo. Conhecer as equipes, acho que agora vai ter a oportunidade de ver alguma coisa, ver jogos. A gente tem o nosso analista de desempenho, marca algumas situações para passar aos nossos atletas, olhar o outro time também o que aconteceu. O adversário a gente vai avaliar quais são os pontos fortes e os pontos fracos, para trabalhar durante a semana em cima dessa situações. Fortalecer a equipe onde o adversário tem o ponto fraco, tomar os certos cuidados onde o adversário tem o ponto forte. Acho que esse primeiro jogo é mais complicado porque você não tem informação do adversário. Você vê muito no escuro, eu não sabia qual era o time do Friburguense, eu não sabia a formação que o adversário iria botar em campo. Eles também não sabiam o time e a formação que iriam enfrentar, pois a diferença do último jogo da Cabofriense na seletiva para o jogo de hoje que não tinha nenhum jogador na formação inicial que começou aquela partida contra o Nova Iguaçu na seletiva. O Lucas Cardoso e o Abner não tiveram muitas chances na série D e na seletiva. Mas acho que agora essa situação de conhecer um ao outro vai ficando mais fácil, no decorrer dos jogos para poder acompanhar. Essa primeira semana é complicada, mas essa vitória é o início do nosso objetivo, a gente sabe das dificuldades, mas vamos pra cima. Trabalho não vai faltar, o presidente sabe disso. O clube vai em busca de uma situação, contrataram vários jogadores que jogaram na 1a divisão do carioca. A gente fez algumas apostas. Mas em fim, a gente vai em busca do nosso objetivo que é ganhar a competição.
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