Cano luta para avançar as semifinais e o Goyta para não ser rebaixado
Por Artur Rangel
Este é o maior clássico do futebol do interior do Estado do Rio de Janeiro, cujas equipes se confrontam desde a segunda década do século XX, sendo as maiores ganhadores do Campeonato Campista, o Americano com 27 títulos e o Goytacaz com 20 títulos. Nos campeonatos do antigo Estado do Rio de Janeiro, antes da fusão com o Estado da Guanabara, o Americano foi campeão em 5 ocasiões e o Goytacaz em 5, sendo o de 1978 não declarado oficialmente.
Em Campeonatos Brasileiros, a melhor performance do Goytacaz foi o vice-campeonato da segunda divisão em 1985 e o Americano Campeão do Módulo Azul 1987 e vice-campeão do grupo E do Módulo Amarelo 1986.
O Americano também, até 2006, é o segundo clube que mais disputou o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, em 19 ocasiões, sendo que a sua melhor colocação foi a quarta, por 3 vezes.
Em campeonatos brasileiros da Primeira Divisão, a melhor colocação do alvinegro Americano foi a 27ª entre 74 participantes, em 1978, já a melhor colocação do alvianil Goytacaz na primeira divisão, foi a 30ª, neste mesmo ano.
Depois de onze anos sem jogarem uma partida oficial, Goytacaz e Americano se reencontraram em fase eliminatória da terceira divisão do Campeonato Brasileiro, em 12 e 15 de outubro de 2003, com discutida classificação do Americano ao final dos embates em que cada clube venceu o jogo em seu estádio por 1 a 0. Os jogadores do Goytacaz reclamaram muito de impedimento no gol assinalado a favor do Americano no segundo jogo, que acabou não terminando e sendo marcado por inúmeros tumultos, com direito a cai-cai de jogadores do Goyta e a classificação do Americano sendo concedida através da justiça desportiva. Em 1920, outros 2 clássicos não terminaram devido há tumultos e em 1929 houve mais um.
Em jogos pelo campeonato do novo Estado do Rio de Janeiro, em confrontos disputados entre 1976 e 1992, o Americano somou 8 vitórias, o Goytacaz 3 e aconteceram 13 empates, sendo que a placar mais dilatado aconteceu em 15 de setembro de 1985, quando o Goytacaz venceu por 3 a 0.
O clássico que comemorou os 100 anos do Goyta-Cano foi jogado na cidade de Macaé, por conta do Americano ter negociado o seu estádio e o Goyta se recusar a emprestar o seu para o rival, terminando com vitória do Goyta por 1 a 0.
Nas estatísticas, o Goytacaz tem 67 vitórias e 282 gols. Já o Americano tem 67 vitórias e 272 gols. São 67 empates em 201 partidas e 554 gols ao todo no clássico da terra do chuvisco e da goiabada Nolasco.
Pelo lado do Goyta, Bóvio teve que jogar pelo time da Rua do Gás pelos desfalques que o elenco apresentou na última rodada e depende só da vitória para não cair pra série C do Carioca 2017:
- Infelizmente estamos passando uma situação ruim e eu estava até sem treinar. Eu não ia para o jogo, mas me deu vontade de jogar pela manhã, vi que o pessoal precisava e resolvi contribuir dentro de campo. Eu sei que o torcedor está sofrendo este ano, mas vamos nos preparar, pois queremos dar para eles a vitória no clássico - afirmou Ricardo.
No lado do alvinegro do Parque Tamandaré, João Carlos Ângelo ressalta o jogo de hoje contra o time da Rua do Gás:
- Contra o Goytacaz será um jogo dificílimo, como foram todos. Porém, se ganharmos por 1 a 0 eu ficarei muito feliz, pois chegaremos à semifinal e ao Triangular. Com exceção da semifinal, só perdemos um jogo nas fases de grupo. Não precisamos golear, 1 a 0 já me deixará muito feliz. O Americano não é a Seleção Brasileira. O Audax goleou três jogos no segundo turno, mas acredito que eles trocariam as goleadas por vitórias de 1 a 0, e uma vitória simples contra a gente também - ressaltou.
A bola vai rolar no Arizão as 15:00 horas, horário de Brasília.
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