Uma música, uma letra e até mesmo um desabafo de um Rei que tinha na jovem guarda um concorrente.
Foto: divulgação
Uma época que não volta mais, nostalgia
Por Artur Rangel
"Querem acabar comigo, nem eu mesmo sei por que?" Assim começa a música de Roberto Carlos na época da jovem guarda e o Rei tinha em seu calcanhar de Aquiles um desafiante de peso, o Príncipe Ronnie Von. A lenda co umnta que o RC cantou com uma foto do RV em sua frente e começava a gravar a música. No futebol, dessa época, tínhamos o Rei Pelé, Gerd Muller, Franz Beckenbauer, Johan Cruyff, mas essa música é para ironicamente fazer uma reflexão: será que a chatice do futebol quer acabar com o encanto e o talento igual as músicas de hoje e o futebol do passado? Apenas uma reflexão.
Quando Roberto Carlos compôs essa canção não tinha VAR, camisa tecnológica, bola com chip, Placar e propagandas na beira do gramado de led, muito menos internet e smartphones. Mas tinha o romantismo e o amor pelo futebol com jogadores e equipes inesquecíveis. O Bangu no Rio, o América, o Olaria, entre outros times do Rio que batiam de frente com Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo, sem SAF, sem nada. Apenas uma reflexão: essas SAF's são pra lavar dinheiro no Brasil e depois se mandar e se safar de crimes lá fora e vir pra cá e não pagar mais nada, ficar tudo free, como diz a letra de Aluga-se, de Raul Seixas? É uma MSI disfarçada, é uma 777 incubada de lavagem de crimes em que aqui tá tudo liberado? Apenas uma reflexão, sem ironia, sem censura barata e com bastante argumentos dos quais no passado já rolou em nossos times tupiniquins.
Portanto, querem acabar comigo é uma música que ao mesmo tempo que Roberto Carlos se defendia de uma ameaça ao trono de Rei e ao futebol brasileiro daquela época, todos podiam ter o seu lugar ao sol, menos aqueles que não tinham o talento, o modo de administrar os times de futebol como foi Castor de Andrade no Bangu, onde tem o Doutor Castor na Globo play, nos IPTV's com a série na íntegra falando sobre o caso deste grande contraventor e dirigente do time do Rio no qual até hoje tem um Castor na camisa em alusão a ele. Uma SAF , uma ilusão, de que revelar jogadores e trazer os mesmos que estavam na Europa por outros times e na América do Sul, com salários baixos e vender pra Europa com valores astronômicos e depois dar uma saída do clube, tá tudo certo, tudo nos conformes, é assim mesmo? A última reflexão, apenas. Querem acabar comigo, eu nem mesmo sei por que?
Pra entender o que éa Sociedade Anônima do Futebol, reflita:
Quais clubes brasileiros são SAF?
No Brasil, diversos clubes já abriram o caminho para adotar o sistema de administração como SAF. Da Série A do Campeonato Brasileiro estão os seguintes clubes:
América Mineiro;
Atlético Mineiro;
Bahia;
Botafogo;
Coritiba;
Cruzeiro;
Cuiabá;
Vasco da Gama;
Red Bull Bragantino (não é uma SAF, e sim um clube-empresa, que tem como principal aliado a companhia de bebida energética).
SAF e a Reforma Tributária: como deve funcionar?
Após décadas de debates, a Reforma Tributária foi aprovada no Senado na última quarta-feira (8), marcando um avanço histórico. Embora ainda dependa de uma nova votação na Câmara dos Deputados para que a simplificação dos impostos entre em vigor, a aprovação foi significativa. No entanto, para alcançar esse marco, o relator da proposta de emenda constitucional (PEC), Eduardo Braga, teve que realizar diversas concessões, incluindo benefícios fiscais a diferentes setores econômicos no texto.
Uma dessas concessões acabou beneficiando os clubes de futebol que adotaram a estrutura da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) – como já abordamos neste texto. O Senado aprovou o texto com 53 votos a favor e 24 contra, estabelecendo um tratamento diferenciado no pagamento do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para os times de futebol que aderiram à Lei da SAF.
Como as SAFs devem ser beneficiadas pela Reforma Tributária?
Essa mudança equipara o setor esportivo a outros setores, como combustíveis e financeiro, que também terão um tratamento específico em relação à alíquota do IVA, a qual não foi determinada pela PEC. A proposta estabelece que essa alíquota será definida posteriormente, por meio de uma lei complementar.
Diferentemente de setores como serviços de educação e saúde, que terão uma redução de 60% na alíquota-padrão já definida na PEC, as SAFs aguardarão a promulgação da reforma para saber o percentual das receitas que terão de recolher ao Fisco. O relatório de Braga destaca a intenção de preservar, no novo sistema, o recolhimento unificado dos tributos aplicáveis às SAF, reconhecendo a importância desse instituto jurídico na recuperação do esporte nacional. Esse benefício, que originalmente era destinado a clubes de futebol que não adotaram a estrutura de empresas, foi estendido agora às SAFs.
Por que a SAF foi incluída na Reforma Tributária?
A pressão dos clubes por um tratamento especial no futuro regime tributário conseguiu reunir até mesmo os times da Libra e da Liga Forte União, dois blocos originalmente rivais e pretendem estabelecer uma nova liga no futebol brasileiro. Os clubes pertencentes a esses grupos divulgaram comunicados a favor de uma emenda à proposta de reforma, buscando influenciar os parlamentares. E tiveram sucesso.
A inclusão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em regimes tributários específicos foi uma demanda dos clubes, pois havia a preocupação de que, se a redação da reforma aprovada na Câmara dos Deputados fosse mantida, as empresas responsáveis pela gestão do esporte de clubes de futebol teriam que pagar a alíquota integral do imposto.
Os senadores defendem a manutenção do Regime de Tributação Específica do Futebol, que unifica o pagamento de impostos em uma alíquota máxima, atingindo até 5% da receita mensal nos primeiros cinco anos. Vale ressaltar que clubes de futebol sem fins lucrativos já desfrutam de isenções tributárias.
Fonte: https://www.taxgroup.com.br/intelligence/o-que-e-saf-e-por-que-os-clubes-de-futebol-estao-adotando/
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