Por Artur Rangel
Sidnei Marinho na Rádio Cabo Frio FM 89,3 Foto: Leonardo Santos |
Quem nunca gostou de ouvir o futebol pelo rádio não sabe o que é emoção e Sidnei Marinho, já está por mais de 30 anos levando a informação do futebol pelo rádio desde 1986, quando iniciou a sua trajetória na Rádio Bandeirantes, com uma equipe repleta de craques do microfone.
Sobre a sua 1a experiência, o explosão relata como foi a sua passagem no rádio:
_ A minha primeira chance acontece na Rádio Bandeirantes com o Carlos Ramiro, onde fui pela 1a vez vi o José Carlos Araújo, onde fiz a vinheta dele quando fui indagado pela professora de inglês e sempre gostei de rádio esportivo e defini isso na minha mente, apesar do caminho de radialista na minha trajetória não ser só no jornalismo esportiv mas em outras funções. O rádio realmente me deu a experiência de 5 copas do mundo e mais de 3 mil partidas transmitidas e o que faço na TV Litoral News é graças a essa rodagem que tive lá no início e o amor pela profissão é cultivado a cada dia por fazer o que gosto e amo.
Além do futebol, a cultura de outros países e a vinda dos filhos ao trabalho do pai coruja Sidnei Marinho, o jornalista relata como tem sido essa fase de trabalho em família:
_ Através do jornalismo conheci mais de 30 países e agora com a vinda dos meus filhos Sidnei Tadeu Marinho e Marcelo Marinho renovam as energias e tem sido o elixir da juventude na minha caminhada da comunicação. Quando estou trabalhando ao lado dos meus filhos relembro da minha primeira reportagem no Maracanã, da minha primeira narração, da primeira transmissão e isso impulsiona o meu trabalho através do vigor juvenil dos meus filhos.
Sobre a sua volta as transmissões esportivas na Rádio Cabo Frio, Sidnei é otimista:
_ Estou muito feliz em rotornar a nova fase da Rádio Cabo Frio, agora em FM, com uma expectativa de reconstruir uma história no rádio onde já tive outras passagens ainda no AM e hoje com um projeto que veiobpra ficar e com uma idéia sólida de fazer libertadores,;campeonato brasileiro, além da Cabofriense nas competições que vierem pela frente.
As novas mídias mudaram a forma de fazer rádio e o locutor esportivo analisou o momento das mídias sociais aliadas as transmissões em várias plataformas:
_ Esse período em que fiquei fora me perguntei bastante sobre como alcançar um público virtual que gosta de ouvir o rádio aliado com as transmissões ao vivo pelo facebook, twitter e instagram. Quando era somente os jogos da Cabofriense a exclusividade nos deixava de uma certa forma mais tranquilo em relação a audiência devido a ser o único a cobrir o clube em todos os jogos. Desde quando trabalhei na rádio Tropical no início dos anos 90 a televisão já modificava o estilo e imitar o que as transmissões esportivas de rádio já faziam com pré jogo, mesa redonda, pós jogo e reportagem direto do estádio antes, durante e depois das partidas. Hoje a tv faz com o diferencial da imagem ao seu favor. A maneira de se manter vivo as transmissões do rádio é se integrar as plataformas. Sempre que possível, faço uma transmissão ao vivo com tempo, chamando o torcedor para a transmissão no rádio, divulgando o produto dos patrocinadores que ajudam o ouvinte a ver como é o nosso trabalho. A rádio Cabo Frio tem investido em tecnologia para se tornar possível uma transmissão 100% digital. No jogo em que fizemos no Maracanã do Flamengo 1 x 1 Santa Fé fizemos o jogo inteiro ao vivo no Facebook, sem mostrar o jogo rolando, mas a gente (Sidnei e seus filhos) na cabine de transmissão e teve uma audiência surpreendente. Tem momentos que estamos transmitindo para 100 pessoas, 90, 80 e depois volta pra 100 ou mais e num total de visualizações em torno de 3 mil pessoas viram a live no facebook. Sem esquecer do ouvinte que está no trabalho, quem está dirigindo e quem está em casa tirando o volume da televisão e ouvindo o rádio, tem sido para o narrador um trabalho que não atrapalha essa convergência das mídias sociais aliada a transmissão no rádio. O torcedor sabe que o rádio além da emoção tem a instantaneidade e a rapidez dos fatos chegando segundos antes do que a imagem da televisão fornece. Durante o jogo que fizemos do Flamengo a tv mistrava o que já tínhamos contado num intervalo de 3 segundos. Por isso o rádio antecipa algumas coisas, por mais que a profissão esteja num momento difícil, tendo profissionais de rádio trabalhando em televisão e saindo das rádios e migrando para as redes que pagam bem e dão um retorno maior do que se teria através das ondas do rádio, mas se mantém através das mídias sociais e o 5g chegando vai mudar bastante não somente o modo de transmitir pro rádio, mas para a televisão também. A adrenalina de assistir os jogos e ouvir naquele momento é o que mantem o rádio vivo com o futebol principalmente porque não tem como ouvir depois e perde a parte do factual ganhando vivacidade no agora, o ao vivo e tendo a emoção aflorando no torcedor que nos acompanha.
O profissional que tem 5 copas do mundo relata a sua exoeriência na Itália, Estados Unidos, França, Coréia/Japão e na Alemanha:
_ Fui um privilegiado em trabalhar em 5 copas consecutivas
e ver três finais de copas do mundo com o Brasil se sagrando campeão em duas oportunidades (94 e 2002). Na minha geração ninguém tinha visto dois títulos mundiais num curto espaço de tempo, sou nascido em 1971, além disso, ter visto a copa da Itália e da Alemanha maravilhosas, apesar de não terem ido bem nestas copas, a da França foi uma copa importante. A Copa do mundo na europa é diferente, tem mais vibração e é mais quente. Desejo que todos os jornalistas esportivos tenham essa oportunidade em ir a Copa e ouvir o hino nacional,passa um filme na cabeça e as lágrimas são difíceis de conter. Em 2010 fiquei ocupado em cuidar da gestão da Cabofriense e a minga preocupação ficou por conta do acesso para a primeira divisão e tive que dar foco ao projeto e esquecer a Copa e soube administrar essa pressão interna de estar numa Copa do Mundo. Em 2014, já estava mais tranquilo e fiz uma cobertura para a TV Litoral News com tranquilidade e sem estar de fato nos jogos, mas participando do Agito Esportivo com os debates, as movimentações dos torcedores em Cabo Frio. A primeira Copa foi com 19 anos de idade e com 15 anos não cobri a Copa do México (em 1986). Mas é um cenário e um ambiente maravilhoso estar no país e na cobertura in loco da Copa do Mundo.
Sidnei Marinho finaliza dando um conselho para os jovens que estão começando na área da comunicação:
_ Mantenham se apaixonados, esse é o recado que tenho para nortear aos profissionais que estão iniciando. A camingada é difícil, mas o tempo e as pedras no caminho fazem com que os calos de quem trabalha duro torna o estudante em profissionais gabaritados para trabalhar em grandes redes se comunicação.
Eu não reclamo de trabalho pois saí do Maracanã 1 da manhã e 1 e 15 estava na casa da minha mãe para quando fosse 6 da matina voltar para Cabo Frio e cobrir o julgamento de Marquinho Mendes que acabou sendo adiado para a terça seguinte. O recado de vender o produto, fazer a engrenagem funcionar, tenham paixão e amor pelo que fazem e dedicação que uma hora o resultado vem e o reconhecinento do desenpenho nos veículos de comunicação, seja rádio, tv, impresso ou assessoria, relações públicas, marketing e cinema, ele vem e o amor a cada profissão no ramo da comunicação deve ser regado a cada dia com esses ingredientes.
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