Uma líder da visibilidade do futebol feminino revela o que pode ser feito para mudar a gestão da modalidade para melhor Por Artur Rangel
Marisa em ação como treinadora do Barcelona-RJ Foto: Paulo Roberto(Papo Esportivo)
Marisa Pires Nogueira tem 51 anos, mais de 20 anos dedicados a seleção feminina de futebol e uma mulher dedicada em lutar pelo futebol feminino com uma liga descente, com uma reestruturação desde as categorias de base e uma defensora das leis regulamentadoras para a profissionalização das mulheres na modalidade. Inciou no futebol defendendo o Bangu A.C em 1980.
No time de Moça Bonita, ela chamou atenção e foi jogar no Radar, equipe pioneira e extremamente vencedora na modalidade na década de 80, lá Marisa ganhou notoriedade nacional.Dona de uma liderança nata, ela comandava a conhecida linha de impedimento da equipe, fato que desnorteava as adversárias.
Marisa fez parte da primeira Seleção Nacional formada no Brasil com a chancela da Confederação Brasileira de Futebol, equipe esta que disputou o primeiro Campeonato Mundial da FIFA, o chamado Mundial Experimental realizado em Guangdong na China em 1988.
Com a sua história pela seleção no final dos anos 80 e inicio dos anos 90, as transmissões da Rede Bandeirantez em tv aberta ajudou na visibilidade naquele início visto com olhar de desconfiança pelos homens:
_ No momento que precisávamos muito para um começo. De visibilidade para o esporte.
Na visão de Marisa, o futebol brasileiro tem totais condições de encarar a Alemanha, Estados Unidos e Japão, mas com um porém:
_ Para mim um trabalho de longo prazo. Mais focado para termos uma seleção. Para disputar mais de igual pra igual que haja tempo até aparecer umas Formigas, Martas e Cristiane tá difícil.
Para a líder de uma geração de Fanta, Adriana Michael Jackson, Cissi, Pretinha e outras, a defensora relembra um jogo inesquecível com a seleção brasileira:
_O jogo inesquecível foi o primeiro no estádio Beira Rio, no inicio da minha carreira, não esqueço nunca deste dia.
Foi a vitória com a seleção brasileira em 88 a primeira que participei.
Pra terminar, dê um recado a CBF e aos empresarios que querem incentivar o futebol feminino:
_ Ao nosso querido diretor de seleções Marco Aurélio Cunha, que possa estar mais nas comunidades. Que tem muitas Formigas e Martas perdidas. Querendo uma oportunidade e que incentive mais o futebol feminino- finaliza.
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