E a Brait amor, disse o marido lamentando a vaga cedida pela atleta
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Para quem fica, a necessidade de virar a página. O desafio, porém, não é fácil. Quando José Roberto Guimarães anunciou a lista final para os Jogos do Rio, Léia não soube como reagir. Estava feliz, claro, ao ouvir seu nome em meio ao grupo final. A tristeza de ver uma companheira partir, no entanto, fez a líbero se calar. Não queria festejar enquanto outras davam adeus. Após uma disputa acirrada com Camila Brait, a jogadora ainda não se sente vitoriosa. Nem mesmo seu marido, que acompanhou à distância toda a luta para ir à Olimpíada.
Quando recebeu a confirmação de que estaria na Olimpíada do Rio, Léia logo contou para o marido, Marcelo Nicolosi. A primeira reação, claro, foi de festa. No entanto, ele não demorou a lamentar a situação vivida por Brait, que encarou seu segundo corte às vésperas da Olimpíada.
- Meu esposo vibrou. Ele gosta, é do meio, é apaixonado. Mas, ao mesmo tempo, falou: “Amor, e a Brait?”. Não conseguiu nem vibrar comigo. É difícil. Ficamos nessa situação. Gostamos muito dela. Trabalhamos juntas, cansamos juntas. É uma pena. Uma líbero só. Precisamos de duas. Acho que até agora ele está assim. Até me perguntou se eu falei com ela. Mas é o momento dela, não vou ficar em cima – afirmou Léia, após o treino desta quinta-feira.
Léia e Brait estavam juntas quando Zé Roberto anunciou a lista final. Após o treino de segunda-feira, o técnico reuniu toda a equipe e confirmou os últimos cortes. O alívio da convocação, ela diz, foi misturado à tristeza com o adeus das companheiras.
- Na hora, rolou muita emoção, não só positiva, mas negativa também. Estou ficando para sair uma menina que eu gosto muito, da minha posição. Nós trabalhávamos o tempo todo junto. Não consegui vibrar, sentir um “nossa!”. Fiquei um pouco triste também. Mas agora é continuar o trabalho. Não creio que mudou muita coisa. Desde que eu cheguei, o trabalho é dado igual para as duas. Tudo o que a Camila fazia, eu fazia. Na hora que monta a equipe, eu estou lá. A exigência é igual.
José Roberto, por outro lado, evitou falar dos cortes. Não quis prolongar a situação que mais teme à frente da seleção. Em conversa com os jornalistas, o treinador pediu que o foco ficasse apenas em quem ficou.
- Meu sentimento, todos sabem. Cortar qualquer jogadora é muito difícil. Foi assim com todas elas que foram cortadas anteriormente. E agora nos últimos cortes. Importante é o que vem pela frente. Precisamos focar nos nossos adversários, melhorar no sistema defensivo. Elas estão se dedicando muito, tanto na parte física quanto na técnica. Todo detalhe é importante.
A seleção ainda treina em Saquarema nesta sexta-feira. Depois, o grupo ganha seu último fim de semana livre antes da Olimpíada – uma folga a mais, próxima à estreia, ainda está sendo estudada. O grupo retorna ao Centro de Treinamento na segunda-feira e deve seguir para o Rio na semana seguinte.
Fonte:http://goo.gl/nKHJ0d
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