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| Clodoaldo Silva grava documentário sobre a sua vida Foto: Globoesporte.com |
O Brasil encerrou a participação histórica nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto com mais duas medalhas de ouro neste sábado. No futebol de sete (para atletas com paralisia cerebral), a seleção venceu a Argentina por 3 a 1. Já no goalball, a vitória foi sobre os Estados Unidos por 10 a 4. Com isso, o Brasil termina o Parapan em primeiro lugar no quadro geral com 257 medalhas, sendo 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze, na melhor participação da delegação em todos os tempos.
A campanha superou os 228 pódios no Parapan do Rio, em 2007, e os 91 ouros do Parapan da Cidade do México, em 1999. Para se ter uma ideia do domínio absoluto dos atletas verde-amarelos em Toronto, o Brasil conquistou mais medalhas de ouro do que o Canadá (50), que foi segundo no quadro geral, e os Estados Unidos (39), terceiro colocado, somados. Juntos, os dois rivais tiveram 90 ouros contra 109 da delegação brasileira, ou seja, 19 medalhas a menos.
Rosinha ficou sabendo na última hora que disputaria o Parapan 2015
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| Rosinha em ação com medalha Foto: Globoesporte.com |
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi informado que a classe T13, para deficientes visuais, não teria mais evento em Toronto, e cortou a atleta Indayana Pedrina Moia Martins do Couto. Com isso, Rosinha foi chamada.
Rosinha passou o ano de 2014 praticamente todo afastado do esporte devido ao tratamento de um linfoma. Apesar de ter voltado a competir em novembro, ela só foi liberada pelos médicos das sessões de quimioterapia em janeiro deste ano.
Clodoaldo Silva lança documentário sobre sua vida no esporte
As filmagens já aconteceram em São Caetano do Sul-SP, Guadalajara (México), Serra Nevada (Espanha), Manchester, Londres, Brasília, Glasgow (Escócia) - no último Mundial paralímpico de natação, em julho deste ano - e por fim em Toronto, no Canadá, durante o Parapan, neste mês. Além de acompanhar viagens, treinos e competições de Clodoaldo Silva, o documentário entrevistou rivais do nadador, como o argentino Sebastian Ramirez, além de companheiros inspirados pelo paratleta de 36 anos, como Daniel Dias e André Brasil. Jornalistas esportivos também estarão na película. A família do nadador também receberá a equipe de filmagem nesse ano.
- Filmamos o nascimento da filha dele (Anita), que foi perto do Parapan de Guadalajara. Agora vamos para Natal em setembro, depois do Parapan de Toronto. A única coisa que faltou foi a parte de Natal, da infância e da família dele. De resto, entre entrevistas e competições, já temos muita coisa gravada.
Nessa nova fase de filmagem, o filme ganhou a participação da jornalista e produtora Susanna Lira, que vai encabeçar o projeto “Tubarão das Piscinas”. No que depender de Clodoaldo, nada ficará de fora. Gustavo Carvalho disse que conta sempre com o apoio do nadador.
André Baseggio e Gustavo Carvalho acompanham nadador desde 2011 (Helena Rebello)
- Ele ficou amarradão. Ele gosta, ele sabe da importância que tem e da importância que tem de documentar tudo isso. Paratletas como Ádria Santos (velocista) e (o judoca Antônio) Tenório têm poucos registros do que fizeram para o esporte do Brasil.
Gustavo Carvalho ainda ressaltou que o exemplo de Clodoaldo para os paratletas mais novos vai além das competições.
- Em Manchester (antes dos Jogos de Londres), um dia era filé mignon e outro dia também e o pessoal reclamava. Os atletas de antigamente não tinham recursos da Lei Piva, os patrocínios eram para viajar para as competições, o pessoal dormia em alojamento e comia o que tinha. Os atletas novos não têm essa dimensão. O Clodoaldo sabe o quanto foi difícil chegar onde chegou. Os outros até nisso se espelham nele, na forma como se portar fora da piscina. Ser ídolo não é fácil, não é só ganhar medalha - concluiu.
Fonte: globoesporte.com
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